como investir com a inflação alta

Como investir com a alta da inflação?

Atualizado em 5 de novembro de 2021 por natalia

Investidor! É tempo de diversificar

Se você acompanha notícias na TV ou na web, já sabe que a inflação está em uma crescente. Aliás, em setembro, a taxa bateu recorde, com uma alta superior a 10% no acumulado de 12 meses, sendo a maior em 27 anos.

Podemos sentir os efeitos da inflação no bolso, já que muitos produtos do nosso dia a dia estão bem mais caros, incluindo itens básicos. Além do prejuízo aos consumidores, os investidores também são suscetíveis à oscilação da inflação, principalmente os que investem em renda fixa.

Então, como investir em precatórios diante da alta da inflação? Vamos mostrar como a alternativa pode ser muito mais rentável do que outros investimentos de renda fixa. Acompanhe!

Efeitos da inflação na rentabilidade dos investimentos

Conceitos como IPCA, rentabilidade real e nominal fazem parte do dia a dia dos investidores. Assim, eles podem fazer as melhores escolhas e, em troca, receber retornos mais rentáveis. Então, vamos nos aprofundar em alguns desses conceitos para que você saiba como investir.

Você já parou para pensar sobre o que significa a inflação? A inflação corresponde ao aumento do preço de produtos e serviços no decorrer do tempo, o que implica em uma redução do nosso poder de compra. Ou seja, não conseguimos comprar os mesmos produtos por R$100, por exemplo, como há 10 anos. Em poucas palavras, hoje pagamos mais por menos.

O índice oficial para medir a inflação é o famoso IPCA — Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Desde 1979, esse índice é divulgado mensalmente pelo IBGE e tem como objetivo acompanhar a variação de preços para o consumidor final.

Efeitos nos investimentos

Já para os investimentos, há aplicações com uma rentabilidade nominal aparentemente atrativa, o que cria uma expectativa de ganho em relação ao aporte realizado. Vale destacar que na rentabilidade nominal, não há a dedução da inflação.

Contudo, para saber qual é de fato a rentabilidade do seu investimento, o investidor deve se atentar ao retorno real de sua aplicação. Isso significa saber qual será o valor após o desconto da inflação.

Como veremos adiante, a rentabilidade real de muitos investimentos em renda fixa está sendo negativa. Afinal, o retorno desses ativos é inferior à inflação, isto é, não é suficiente para cobrir as perdas da inflação. Vamos ver melhor com um exemplo:

Suponhamos que a rentabilidade nominal de determinado investimento seja de 6% a.a e que, no acumulado de 12 meses, a inflação alcançou um patamar de 10%. Nesse caso, a rentabilidade real do investimento será negativa. Com -4%, o percentual de retorno desse investimento foi inferior à inflação.

Taxa Selic e investimento de renda fixa

De modo geral, como estratégia para conter a inflação, a taxa básica da economia — a taxa Selic — é  a alta. Além disso, essas variações também merecem a atenção do investidor. Afinal, muitos investimentos em renda fixa são atrelados à Selic.

A previsão dos economistas é de que a taxa continuará subindo a cada reunião do COPOM, que é um órgão do Banco Central.  Aliás, em outubro, a projeção do mercado financeiro para a Selic, em 2022,  subiu para  8,75% ao ano.

Para os investidores, isso é bom, já que o aumento da taxa básica de juros reflete diretamente na rentabilidade desses ativos.

Porém, vale lembrar que nos últimos anos, houve uma redução na rentabilidade dos investimentos atrelados à Selic. Em 2016, a Selic era superior a 14% ao ano e, no final de outubro de 2021, chegou a 7,75% a.a (valor atual).

Em decorrência das reduções anteriores, muitos fundos de renda fixa atrelados a esse indexador tiveram uma performance negativa. Ou seja, seus ganhos foram inferiores à desvalorização da moeda por causa da inflação. Diante da oscilante inflação, a rentabilidade real desses investimentos ainda será irrelevante.

Por isso, o investidor que está acostumado a investir em renda fixa encontra-se diante de um impasse. Por um lado, esse tipo de investimento é mais seguro em comparação à renda variável, mas, por outro lado, investir em renda fixa é menos rentável diante do aumento da inflação.

Poupança

Diante disso, investir em precatórios é uma excelente alternativa. Porém, antes de falar sobre o tema, vamos conhecer alguns dos investimentos mais comuns atrelados à Selic.

A caderneta de poupança é, sem sombra de dúvidas, o investimento mais popular no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Datafolha, em novembro de 2019,  84% dos investidores no Brasil utilizam a poupança.

Por meio da Lei nº 12.703, de 7 de agosto de 2012, esse investimento passou a ter seus rendimentos atrelados diretamente à taxa básica da economia, ou seja, a taxa Selic.

A lei estabelece que a remuneração dos depósitos na poupança tem como referência para rentabilidade apenas 70% da meta da taxa Selic. Isso quando a taxa for igual ou inferior a 8,5% a.a. Porém, se a Selic superar os 8,5% a.a., o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês, independentemente do valor da Selic.

Assim sendo, o modo de remuneração da poupança demonstra um péssimo retorno dos valores nela aportados.

Tesouro Selic

Outro tipo de investimento muito comum, que também tem a Selic como base, é o Tesouro Selic. Trata-se de um título público disponível na plataforma do Tesouro Direto.

O rendimento desse título é equivalente a 100% da taxa Selic do período. Portanto, já é mais rentável do que a poupança. Porém, diante da atual inflação, a rentabilidade desse investimento se compromete.

Tesouro IPCA

Além dos investimentos de renda fixa mais comuns atrelados à Selic, há outros tipos que seguem a mesma taxa para determinar rentabilidade. Um exemplo é o CDI, que é uma  taxa utilizada em operações interbancárias.

Todos esses investimentos têm em comum os efeitos causados pelas reduções da Selic. Hoje, mesmo após aumentos desse indexador econômico, a rentabilidade sofre com a inflação. Então, para ter um bom retorno, sua rentabilidade deve estar acima da inflação. Caso contrário, haverá uma depreciação do capital que se investe, configurando uma rentabilidade real negativa.

Quando a inflação está muito alta e a rentabilidade de um investimento não consegue superá-la, o ideal é aportar recursos em ativos cuja rentabilidade segue índices que medem a inflação. Uma opção é o Tesouro IPCA que, como o próprio nome indicado, é um título público atrelado ao IPCA.

Porém, esses títulos devem permanecer sem resgate até o vencimento, caso contrário, pode ser que, por causa da marcação a mercado, apresentem depreciação em seu preço, acarretando prejuízos ao investidor, iremos falar sobre esse assunto em outros posts.

Investir em precatórios pode ser mais rentável

Diante de todas essas questões, o investimento em precatórios pode ser um dos investimentos em renda fixa mais rentáveis. Afinal, a rentabilidade real desses ativos é muito superior à inflação, pois o retorno desses ativos pode ser de até 20% ao ano.

Isso ocorre pois o investimento em precatórios é um investimento híbrido. Ou seja, a taxa de rendimento é pós e prefixada ao mesmo tempo.

Como investir em precatórios

Em geral, os precatórios podem ser adquiridos com um percentual inferior a seu valor nominal. Essa depreciação recebe o nome de deságio, enquanto esse tipo de investimento tem rentabilidade prefixada.

Em decorrência do deságio, quando o precatório for pago pela administração pública, o investidor já garante um excelente retorno em comparação ao valor inicialmente investido.

Além disso, aos precatórios também têm acréscimos de juros de mora. E sua correção segue como base o IPCA-E, que é um índice fixado de acordo com a inflação média no país. Assim, ao contrário de determinados investimentos atrelados à Selic, os ativos judicias sempre passam por correção pela inflação.

Se você não sabia como investir com a alta da inflação, as dúvidas acabam por aqui. Afinal, em tempos de inflação elevada, investir em precatórios vem a ser um dos investimentos de renda fixa mais rentáveis. Passa por correção monetária, traz maior rentabilidade e é uma alternativa segura.

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