Investindo em Debêntures: entenda como funciona

Investir em debêntures pode ser uma alternativa para quem busca diversificar a carteira e obter uma rentabilidade ainda mais atrativa.

Neste artigo, vamos explicar como funciona o investimento em debêntures, quais são os tipos de ativos disponíveis no mercado, os riscos e as vantagens. Além disso, aprenda a investir nelas de forma segura e consciente. Boa leitura!

As debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Esses títulos permitem que as organizações obtenham recursos financeiros para investir em seus negócios, sem diluir o capital dos acionistas. E,em geral, contam com taxas de juros mais baixas do que os empréstimos bancários.

Assim como o bilionário mercado de precatórios, o investimento nesses ativos também movimenta bilhões de reais com o financiamento das empresas.

As empresas que desejam emitir suas dívidas devem ser sociedades anônimas de capital aberto ou fechado e precisam cumprir as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ofertá-las ao público.

A decisão de emitir debêntures ocorre por meio de assembleia geral entre os acionistas de uma empresa, que define condições e critérios da operação. Elas podem ser uma alternativa viável para empresas que buscam diversificar suas fontes de financiamento.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre esse ativo, veja quais são as principais características das debêntures. Vamos passar por três estágios: rentabilidade, tributação e garantias.

É necessário que os direitos e obrigações da empresa emissora e dos debenturistas estejam especificados na “escritura de emissão”.

Esses ativos podem ter três estruturas de remuneração distintas. Primeiramente, há as debêntures prefixadas, em que o investidor recebe uma taxa de juros determinada desde o momento da aplicação.

Em segundo lugar, existem as debêntures pós-fixadas, em que o investidor conhece previamente o indicador utilizado como referência para a remuneração. Porém, a rentabilidade efetiva muda de acordo com as variações do indicador.

Por fim, há as debêntures híbridas, nas quais há um componente prefixado e outro pós-fixado, sendo comuns as que garantem uma taxa de juros anual e a variação da inflação. Esse tipo possui a  mesma renda híbrida dos precatórios, que ganham com o reajuste e o deságio.

Em geral, a principal tributação das debêntures é o Imposto de Renda (IR), que é cobrado sobre os rendimentos e segue a tabela regressiva.

O imposto de renda em debêntures segue, portanto, essa tabela que determina que, quanto mais longo for o prazo do investimento, menor será a alíquota de imposto a ser pago.

A alíquota começa em 22,5% para investimentos de até seis meses e diminui gradualmente até 15% para investimentos com prazo superior a dois anos. Essa sequência de alíquotas é a mesma utilizada na tributação de outros ativos de renda fixa.

Vale ressaltar que, no caso desses títulos incentivados, não há incidência de Imposto de Renda.

Garantias

Debêntures representam um empréstimo a empresas emissoras, com o risco de “calote” dessas empresas. Esse risco de crédito pode variar dependendo da situação financeira e credibilidade do emissor.

Diferentemente de outros investimentos de renda fixa, não contam com o seguro do Fundo Garantidor de Créditos, mas podem oferecer garantias reais, flutuantes, quirografárias ou subordinadas aos investidores.

As garantias das debêntures podem assegurar o pagamento caso haja problemas com as empresas emissoras.

Além de conhecer as características, é importante saber quais são os principais tipos de debêntures antes de investir. Por isso, vamos esmiuçar o tema, começando com as Debêntures conversíveis, que são papéis que podem ser trocados por ações da empresa emissora.

Esse tipo mescla características de renda fixa e variável. Portanto, reduz o risco do investimento e possibilita ao investidor se tornar acionista da empresa, oportunizando a diversificação do seu portfólio de investidor.

Já as Debêntures simples, também chamadas de “não conversíveis”, são papéis que não preveem a possibilidade de conversão em ações. Quem investe nelas recebe remuneração em juros sobre o principal.

As Debêntures incentivadas captam recursos para projetos de infraestrutura específicos do país. Além disso, contam com a vantagem de isenção do IR sobre o rendimento com o intuito de incentivar o interesse dos investidores.

As Debêntures comuns, por sua vez, não possuem incentivos, ou seja, não contam com isenção de Imposto de Renda.Há, ainda, as Debêntures permutáveis, que viabilizam a troca por ações, mas as ações não são da empresa emissora dos títulos.

As Debêntures perpétuas não têm prazo de vencimento estabelecido. O investidor recebe remuneração ao longo do tempo de acordo com o que é estabelecido na emissão. Por fim, as Debêntures participativas oferecem remuneração na forma de participação nos lucros da empresa emissora dos papéis.

Para saber como investir em debêntures, tem um passo a passo bem simples. Em primeiro lugar, deve-se ter uma conta em uma corretora. Há várias opções e muitas não cobram taxa de corretagem.

Em segundo lugar, o investidor deve adicionar saldo à sua conta, operação que pode ser feita rapidamente por meio de transferências bancárias.

Em seguida, basta acessar a plataforma da corretora e buscar pelas debêntures. Dependendo da corretora, haverá muitasou poucas ofertas do ativo. Assim, o investidor deve avaliar o prazo de vencimento, o valor que quer investir e uma série de outros fatores importantes.

Antes de tudo, é fundamental avaliar cuidadosamente seu perfil do investidor e o planejamento financeiro antes de fazerqualquer tipo de investimento. Além disso, no caso das debêntures, há três questões importantes a se considerar para garantir uma escolha adequada.

Em primeiro lugar, deve-se avaliar o rendimento da debênture, levando em conta a data de vencimento, objetivo do investimento, risco e outras opções de investimento disponíveis. Depois, analise se o prazo de vencimento da debênture se alinha ao seu planejamento financeiro para evitar a venda prematura do título.

Por fim, é essencial escolher um emissor sólido e confiável, uma vez que esses títulos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito.

A partir dessas dicas, é possível investir nesses ativos de maneira mais consciente. Vale notar que fatores macroeconômicos também são importantes, então vale a pena estudar os principais indicadores econômicos para tomar decisões mais assertivas.

Debêntures e precatórios são tipos diferentes de investimentos, com finalidades distintas. Enquanto o primeiro ativo consiste em títulos de crédito que empresas emitem para financiar projetos, os precatórios são direitos de crédito que o investidor adquire com deságio a partir de dívidas judiciais contra o Estado.

Sendo assim, as debêntures são um investimento privado de renda fixa e os precatórios são um investimento público híbrido. Eles representam uma forma de receber indenizações e pensões devidas pelo governo em ações judiciais.

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