Poupança: será que ainda vale a pena investir nela?

Atualizado em 12 de abril de 2023 por natalia

Uma das formas mais comuns de investimento no Brasil é a poupança. Afinal, é uma opção acessível de renda fixa, que oferece segurança e não requer uma grande quantia para começar. Você sabe como funciona?

Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre a caderneta de poupança, tão comum entre os brasileiros. Se você está pensando em investir ou simplesmente quer aprender mais sobre a modalidade, continue lendo o artigo. Boa leitura!

O que é a caderneta de poupança?

A caderneta de poupança é uma conta bancária que fornece um prêmio mensal ao investidor — conhecido como rendimento da poupança. Essa conta pode ser aberta em qualquer banco, pois as taxas de rentabilidade são definidas e reguladas pelo Banco Central do Brasil (Bacen, BC ou BCB), garantindo que a rentabilidade da poupança seja a mesma em todas as instituições financeiras.

Para começar, você precisa preencher uma ficha de abertura de conta. Além disso, é importante apresentar documentos originais de identidade, CPF, comprovante de residência e renda, além de ficar de olho nos critérios próprios estabelecidos pela instituição financeira de sua escolha. Após a assinatura do contrato, o banco deve fornecer ao cliente uma cópia do documento.

A partir daí, o investidor empresta dinheiro para a instituição que, em troca, paga juros da poupança. Essa modalidade é a mais popular do Brasil. De acordo com o Banco Central, esse tipo de investimento tem um volume total de depósitos em poupança que superou a marca de R$1 trilhão em setembro de 2020.

Assim sendo, é um investimento mais popular do que o conhecido Tesouro Direto, em que se empresta dinheiro ao governo. A poupança é de fácil acesso, podendo até mesmo ser aberta por menores de idade com a presença do pai, mãe ou responsável legal.

Como funciona a poupança?

A alta liquidez da poupança permite que os recursos sejam resgatados imediatamente, a qualquer horário do dia ou da semana.

O resgate da poupança segue a regra do “primeiro que entra, primeiro que sai” e, na data de aniversário da conta, a remuneração incide sobre o menor saldo do período. Além disso, calcula-se o rendimento dessa modalidade a partir da data de aniversário da conta. Para pessoas físicas, o período de rendimento é o mês corrido. Já para pessoas jurídicas, é o trimestre corrido.

Vale notar que esse investimento não se trata de uma dívida, como é o caso na emissão de precatórios, debêntures ou Tesouro Direto. Além disso, seus rendimentos possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$250.000 por CPF e por banco. No entanto, é importante destacar que contas conjuntas têm uma garantia por conta e não por CPF.

A poupança é uma opção de investimento atrativa por não conter taxas ou cobranças de tarifas, além de ser isenta de tributos para pessoas físicas. No entanto, pessoas jurídicas pagam 22,5% de Imposto de Renda (IR), o que pode tornar a aplicação pouco atrativa para empresas.

Qual é o rendimento da poupança?

O rendimento da poupança varia de acordo com a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Ou seja, a rentabilidade não é fixa e pode mudar conforme as flutuações do mercado.

Atualmente, as regras para o seu rendimento possuem duas categorias:

  • Primeiramente,  quando a taxa Selic é superior a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês, acrescido da Taxa Referencial (TR);
  • Quando a Selic fica abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic, mais a TR (que atualmente se encontra zerada).

Essa regra passou a valer para os depósitos realizados a partir de 4 de maio de 2012 e ficou conhecida como a “nova poupança”. O pagamento dos juros da poupança ocorre ao final de cada período de rendimento.

É importante destacar que a Taxa Selic é um importante indicador das taxas de juros praticadas no Brasil. Ela também influencia outros investimentos — para calcular a rentabilidade de commodities ou de CDBs e o Tesouro Selic.

Para depósitos de pessoa física e entidades sem fins lucrativos, o crédito é mensal e sempre na data de aniversário da conta. Para os demais depósitos, o crédito ocorre trimestralmente, na data de aniversário do último mês do trimestre.

Como investir na poupança?

Investir na poupança é uma opção de ativo financeiro popular e acessível, sendo uma escolha comum para muitos brasileiros. Para começar, o investidor deve ter uma conta bancária em uma instituição financeira que tenha esse tipo de investimento. Geralmente, os bancos oferecem a opção de criar uma conta poupança gratuita ao abrir uma conta corrente.

Para fazer um depósito na conta poupança, o investidor precisa decidir qual valor deseja investir e transferir esse valor da conta corrente para a conta poupança. Ou seja, é um procedimento extremamente simples. Por conta dessa praticidade, é um dos investimentos que os brasileiros mais usam para juntar dinheiro.

Vale ressaltar que, assim como outros investimentos, é importante declarar no Imposto de Renda as operações relativas à poupança.

Vale a pena investir na poupança?

Podemos concluir que, apesar da poupança oferecer praticidade, facilidade e comodidade, existem outras opções disponíveis no mercado com uma rentabilidade mais atrativa.

Esse é o investimento mais acessível à população, pois não exige um valor mínimo para investir e oferece garantia do FGC. Porém, a rentabilidade é extremamente baixa ou até mesmo negativa.

Sendo assim, o investimento na poupança é uma opção viável para quem está começando a se organizar financeiramente e quer criar uma reserva de emergência com acesso e liquidez. No entanto, não é uma modalidade para multiplicar o seu dinheiro ou oferecer rendimentos significativos.

Portanto, se o objetivo do investidor é preservar seu poder de compra no futuro e obter retornos mais atrativos, ele deve buscar outras opções de investimentos. Algumas alternativas incluem títulos como Tesouro Selic, CDBs , LCIs e LCAs. Além disso, investir em precatórios também é mais interessante. Afinal, é um ativo com rentabilidade híbrida, proveniente tanto do deságio quanto da correção pelo IPCA ou taxa Selic.

Que tal uma comparação completa entre a poupança e precatórios? Leia a nossa análise antes de dar o próximo passo para diversificar a sua carteira.

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