Como é a liquidez nos Precatórios?

Atualizado em 10 de junho de 2020 por washington

Quando vamos analisar a escolha de investimentos, é muito comum acreditar que a rentabilidade é a característica mais importante de uma aplicação

Porém, o que poucos sabem que existe um outro aspecto essencial para se avaliar em qualquer ativo financeiro: a liquidez. Saber que a sua aplicação pode ser realocado com facilidade é essencial para manter uma carteira de investimentos saudável e lucrativa no longo prazo.

Levando em conta a recente popularização dos precatórios como opção de investimento, fica a questão: como funciona a liquidez em precatórios? Qual o método para avaliar se um precatório é um ativo fácil de ser transacionado? Se o investidor quiser se desfazer do seu título, ele terá dificuldade?

O que é liquidez?

Liquidez é a capacidade com que um bem qualquer pode ser trocado por outro bem. Quanto mais líquido, maior é a aceitação do ativo em servir como meio de troca e ter o seu valor transformado em dinheiro.

Ou seja, a liquidez mede a facilidade com que determinado investimento pode ser comprado ou vendido no mercado.

Ações de grandes empresas tem grande liquidez, já que são negociadas na bolsa milhões de vezes por dia. Já um imóvel tem uma liquidez quase nula, pois vender uma casa ou apartamento sem ter que abrir mão do preço é um processo que demora bastante.

Porque a liquidez é importante para o investidor?

Ter um aplicação com liquidez amplia a variedade de decisões que o investidor pode tomar. Quanto mais líquido, menor será a dificuldade de entrar ou sair de um investimento. Logo, o dinheiro não fica “preso” em um ativo, o que garante um espaço maior para alterar sua carteira de investimentos.

Um investidor em ações, por exemplo, pode vender seus papéis a qualquer momento e usar o dinheiro para o que quiser – como investir em aplicações melhore, por exemplo. Já o investidor em imóveis não tem essa mobilidade. Se ele quiser comprar ou vender uma casa, terá que esperar até achar a oportunidade – ou abrir mão do valor desejado e sair perdendo.

Investindo em precatórios: como é a liquidez?

Tendo em vista os baixos rendimentos apresentada por aplicações como cadernetas de poupança e CDBs, os precatórios vem despontando como uma excelente alternativa na renda fixa. Seja pela compra de direta dos títulos ou pelo investimento em FIDC-NP, esse tipo de investimento chama a atenção pela boa rentabilidade aliada com um risco muito baixo.

Mas se o investidor precisar se desfazer do investimento, existe liquidez nesse mercado?

Liquidez nos precatórios

Com um mercado aquecido, a compra e venda de precatórios vem se tornando uma ótima oportunidade. A ausência de uma previsão de quando essas dívidas judiciais serão quitadas, faz com que os créditos sejam negociados cada vez mais.

Por outro lado, a busca por rentabilidade e segurança vem motivando um número cada vez maior de investidores a embarcarem nesse mercado. Tal movimento contribui para garantir a liquidez desses títulos e fortalecer um mercado cada vez mais maduro.

Essa realidade fica ainda mais clara quando vemos, por exemplo, a crescente expansão dos FIDC-NP no mercado financeiro brasileiro. Por aceitarem precatórios como aplicação, esses fundos – alguns com bilhões de patrimônio, aumentam ainda mais liquidez do mercado.

Utilização secundária de precatórios

Mesmo que o titular não queira vender seu precatório, é possível utilizá-lo de outras formas. Tais opções são uma saída a mais para se ganhar liquidez e não amargar prejuízos com o ativo. Algumas das utilizações são:

Compensação tributária

Precatórios também podem ser utilizados como compensação para pagamento de impostos e tributos vencidos. Como o precatório é um título onde o governo é o devedor, as duas dívidas podem se anular total ou parcialmente.

Aluguel de precatórios

A compensação tributária pode acontecer que o devedor não tenha, de fato, um precatório. Com o aluguel de precatórios, é possível se tornar “dono” de um precatório temporariamente, evitando assim a execução fiscal. O detentor do título pode alugar seu precatório e ser remunerado por isso.

Proteção contra penhora

Em um processo de penhora de bens, a oferta de títulos precatórios pode evitar que a execução fiscal aconteça. Os precatórios podem servir para que o titular ganhe tempo – seja para recorrer da decisão judicial ou para quitar a dívida que motivou a penhora.

Aumento de capital social

Por sua natureza de ativo financeiro a receber, os precatórios também podem funcionar como um recurso para integralizar ou aumentar o capital social de uma empresa.

Liquidez nos FIDC-NP

Negociadas no mercado secundário, a liquidez de um FIDC-NP não se compara outros tipos de transações, como negociação de ações e derivativos, por exemplo. Por ter um caráter mais restrito, a movimentação de transações ainda é baixa.

Porém, com o amadurecimento e crescimento dessa modalidade, percebe-se cada vez mais operações do tipo no mercado. O número de FIDC-NP lançadas vem registrado um aumento expressivo, assim como o patrimônio investido nesses fundos.

Além de uma boa rentabilidade, garantia do governo e risco controlado, também precatórios oferecem inúmeras opções de liquidez. Mas você O que são, onde vivem e por que investir em Precatórios? Confira no nosso blog e conheça mais sobre essa excelente alternativa de investimento!

Até a próxima!

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