Atualizado em 29 de maio de 2020 por washington
O investimento em precatórios é um a atividade que vem crescendo muito nos últimos anos. Quem aplica o seu dinheiro nessa modalidade se beneficia de um investimento não só bastante lucrativo, mas também com ótima segurança. Precatórios oferecem uma rentabilidade muito acima do mercado – e por serem ativos garantidos pelo governo, o risco quase nulo.
Mesmo com todas essas vantagens, ainda temos poucas pessoas que entendem como funciona a lógica de investimento em precatórios. Tal desconhecimento fica evidente principalmente quando o assunto é a análise de rentabilidade e o retorno de investimentos ao comprar precatórios.
Se você também deseja entender melhor sobre o assunto, esse artigo irá te ajudar. Quer saber como rentabilizar seu dinheiro e descobrir o quando você pode ganhar investindo em precatórios? Confira o nosso post!
Como funciona um Precatório?
Precatório é uma ordem de pagamento originada por processo já ganho contra um órgão do poder público – seja em instancia federal, estadual ou municipal.
O cidadão que moveu e ganhou a causa adquire o direito de receber o valor da indenização das mãos do governo – ou seja, ele fica com um precatório a receber.
Porque as pessoas vendem seus precatórios?
Apesar do governo ficar com uma dívida a pagar, esse débito não é quitado imediatamente. Muito pelo contrário – o pagamento pode demorar um longo tempo, em alguns casos, até anos.
Porém, muitas pessoas podem precisar do dinheiro com urgência ou não desejam esperar por um período indeterminado pelo pagamento. Devido a essa demora, muitos credores preferem vender seus precatórios, repassando o direito de receber para terceiros.
Como funciona o investimento em precatórios?
Quem vence um processo judicial contra alguma instância do poder público se torna titular de um precatório. A partir disso, ele tem duas opções: esperar pelo pagamento ou repassá-lo a terceiros.
O investimento em precatórios ocorre através da cessão do crédito. Mediante pagamento, o detentor do título cede seu direito a receber os valores do governo para uma terceira pessoa, que passa a ser dona do precatório.
Ao realizar a transação, logicamente o credor recebe um valor menor do que ganharia se esperasse o governo efetuar a quitação. Essa diferença entre o valor de compra e o valor do título é chamada de deságio.
Esta transação é boa para ambas às partes – tanto para cedente quanto para o cessionário. Para o primeiro, o dinheiro pelo qual teria que esperar é recebido imediatamente.
Para o comprador, a transação é positiva. A busca por um investimento lucrativo, adquirido por um valor menor no presente e que se transformará em um valor maior no futuro, faz com que ele compre o precatório. Além disso, os juros e correções inflacionárias especiais que acompanham o precatório são vantagem a mais para garantir o valor do investimento.
Retorno de Investimento em Precatórios: como determinar?
O retorno ao investir em precatórios é determinado pela negociação do valor a ser pago pelo título. Antes de tudo, nesse momento é deve-se considerar os possíveis descontos referentes a taxas de transação, contribuição previdenciária, e imposto de renda, por exemplo.
Geralmente, o deságio é estabelecido com base nesse levantamento e no valor futuro a ser pago pelo órgão governamental.
Pela regra do mercado, são dois os quesitos que definem o deságio no valor de compra de um precatório:
Risco do devedor
Quanto melhor for histórico do pagador do precatório, mais caro será o seu valor de compra – e menos o investidor irá lucrar.
A relação entre risco e retorno faz com que o precatório de bons pagadores, como o Governo Federal, sejam mais caros. Por outro lado, títulos com um risco maior passam a valer menos no mercado – como precatórios de governos estaduais e municipais.
Porém, mesmos nos melhores precatórios, a rentabilidade ainda é excelente. Em precatórios federais alimentícios, por exemplo, possuem prioridade no pagamento e prazo variando apenas entre 18 e 30 meses. Ainda assim, o retorno médio desses títulos é de 25% ao ano – muito acima da taxa do CDI e de qualquer outro investimento de renda fixa.
Tempo de previsão para o pagamento
O tempo de espera influencia a disposição do credor em vender o seu precatório. Assim, quanto mais distante for a data prevista para o valor ser pago, menor será o valor de venda do título – aumentando assim o potencial lucro do investidor,
Além disso, os precatórios oferecem uma correção monetária acima de qualquer investimento no mercado, rentabilizando o valor devido com a inflação (IPCA-E) mais juros da poupança. Ou seja, quanto mais o precatório demorar a ser pago, maior será o valor a ser resgatado.
Precatórios são uma ótima oportunidade de investimento! Mas você sabia dá pra investir em precatórios por meio de fundos? Pois confira o post do nosso blog e Saiba tudo sobre FIDC-NP!
Até a próxima!
6 pensamentos em “Retorno de investimento em Precatórios: como é calculado?”
Muito bom texto, parabens!
Todavia, minha dúvida:
Do valor do precatorio, regra geral se retira 27.5% de IRPF + % do Advogado (exemplo de 25%)?
assim, um precatorio com valor de face de 100 mil representaria apenas 47.500 liquidos + atualizações, certo?
Grato
Muito obrigado pelo comentário.
Via de regra a conta é essa mesmo, exceto no caso de rendimentos recebidos acumuladamente. Nesse caso o montante a ser pago de impostos é menor, devendo ser seguida a tabela progressiva do IR.
Excelente post!! obrigado e parabéns!!
Fico feliz que gostou. Continue acompanhando nosso blog!
R$ 47,500 seria o lucro líquido?
Exatamente isso